Cartaz da atividade |
A quarta-feira 17
desse mês de junho seria mais um dia de salas vazias no
Colégio Teixeira de Freitas. Nesse dia a falta de aulas teria motivo justo: os
funcionários terceirizados da escola decidiram paralisar, em função dos
salários atrasados.
Mas se
surpreendeu quem passou em frente à escola esperando encontra-la vazia. Mais de
200 estudantes enchiam – com muito barulho, claro – o pátio da escola. Eles
foram ao colégio para participar exclusivamente de uma atividade promovida pelo
professor de filosofia, João Belmiro, pelo PIBID Filosofia UFBA, pelo Programa
de Direito e Relações Raciais da UFBA (PDRR), pela OSCIP Fórum Pró Cidadania e
pela galeria de arte mais antiga do centro de Salvador, a Galeria 13.
Estudantes reunidos no pátio da escola |
Prof. Mestre Samuel Vida |
Foi realizada
uma aula pública em homenagem a Luiz Gama, que, quatro dias após a atividade,
no dia 21 de junho, inteirou 185 anos de nascimento. A aula começou no pátio da
escola e concluiu com uma caminhada pela Rua do Bângala, rua em que Luiz Gama
nasceu, indo até a Fonte do Gravatá, localizada na Rua do Gravatá, por muitos
séculos uma das principais fontes de abastecimento da cidade – e por que não
fonte cujas águas o abolicionista bebeu?
A aula foi
ministrada por Samuel Vida, professor mestre de direito da UFBA, e pelo
advogado Bruno Lima, um dos idealizadores da atividade. Além disso, contou-se
com a participação dos poetas e irmãos Lauro e Láudio Dourado e dos poetas
Márcio Luiz e Janssen Nascimento, que declamaram poesias de Luiz Gama. Também participou da atividade o bolsista do PIBID Filosofia Fabrício Brito, que inclusive é ex aluno do Teixeira de Freitas.
Caminhada na R. do Bângala |
Estudantes reunidos próximos à Fonte do Gravatá |
A atividade
contou também com o incentivo da diretora Adriana Araújo, da coordenadora
Rosemary Mota e do professor de Geografia do colégio, Manuel dos Santos, que,
inclusive, acompanharam toda a aula, especialmente planejada para alunos da 3ª
série e 2º F, G e H vespertino.
A aula teve
como objetivo homenagear e rememorar o abolicionista, poeta, advogado Luiz
Gama, uma das principais figuras do abolicionismo no Brasil, tão esquecida pelo
ensino formal. E, pensando em termos de filosofia, é
possível filosofar sem conhecer o chão que se pisa?
Prof. supervisor João Belmiro e diretora da escola, Adriana Araújo |
Luiza Pacheco.
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