Por que defendo a manutenção do
PIBID?
Me chamo Luiza Pacheco e falo,
aqui, do lugar de uma ex-pibidiana que permaneceu 3 anos e 8 meses participando
do PIBID Filosofia da UFBA.
Reconheço e defendo os avanços que
o Brasil conquistou nos últimos 14 anos. Os investimentos em educação
aumentaram mais de 200% (eram de R$33,3 bilhões em 2003; em 2015, fecharam o
ano aos R$101,86 bilhões), 18 Universidades Federais foram criadas, o número de
estudantes negros e pardos no Ensino Superior aumentou de 16,7% em 2004, para
45,5% em 2014 (dados disponíveis em http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=19253:orcamento-da-educacao-cresceu-2057-em-uma-decada-afirma-ministro e http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-12/ensino-superior-avanca-25-pontos-percentuais-entre-jovens-estudantes-em-10).
No entanto, para mim é difícil ver
um programa como o PIBID, que chegou a mais de 90.000 bolsistas em 6 anos, se
desmantelar dessa forma. Entendo o PIBID como um programa fundamental para
efetivar mudanças de que tanto precisa o ensino público brasileiro. Poderia
citar uma lista imensa dos motivos pelos quais acredito que o PIBID deva
continuar. Mas vou falar de três, que para mim, na minha vivência dentro da
escola pública enquanto pibidiana, são os principais:
- O PIBID é uma valorização
fundamental dos cursos de licenciatura, que vêm perdendo número de interessados;
- O programa estabelece um vínculo
entre Universidade e Ensino Básico, que funcionam como mundos separados, sem
comunicação, e que o PIBID vem, mesmo que de forma pontual, aproximando;
- E o ponto que para mim é mais
importante: o PIBID cria um movimento diferente dentro das escolas, que sozinho
não modifica muita coisa, mas que pode ir aos poucos transformando mentalidades
e velhos modos de educar – até porque muitos dos pibidianos hoje serão
professores dentro de pouco tempo, e chegarão à sala de aula com muito mais
vivência e com mais possibilidades de métodos diferentes de ensino.
Acredito que estamos em um momento
de defesa da democracia em nosso país, mas acredito também que retrocessos não
podem ser aceitos. Por isso, defendo a permanência do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência, sem mais cortes!
FICA PIBID!
Luiza Pacheco.
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