20 de out. de 2012

PIBID-UFBA


Dentro da programação da ACTA (Semana de Arte, Cultura, Ciência e  Tecnologia)ocorreu o IV Seminário PIBID- UFBA com o tema “Conversa de Professor”. Antes de falar sobre o seminário do PIBID é necessário comentar a importância da ACTA pra a comunidade acadêmica. O projeto é idealizado pela Pró-Reitora de Pesquisa, Criação e Inovação (PROPCI) e aprovado pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da Universidade Federal da Bahia. O projeto tem o seguinte formato: ocorre durante uma semana, com apresentação de
trabalhos científicos, culturais e artísticos. Estes trabalhos são apresentados por professores, alunos e servidores-técnicos administrativos da UFBA.  A ACTA tem como objetivo principal compor um cenário com os diversos saberes das diferentes áreas do conhecimento, permitindo assim um intenso ir e vir, um transitar por esse cenário fértil. Mencionei ainda a pouco que o evento era importante para a comunidade acadêmica, percebo que esta afirmação não é profunda, digo isto por verificar que o evento ultrapassa os limites da academia, indo muito além, é um evento voltado, direta ou indiretamente para todos os cidadãos. Direto, pois o evento é gratuito, permitindo o acesso de qualquer pessoa; indiretamente no sentido de que qualquer um que tenha participado de uma apresentação, de um debate, leva consigo aquilo que foi dito, e esse dito é partilhado, espalhado como sementes ao vento, alcançando qualquer pedaço de terra.

Agora vou falar do IV Seminário PIBID-UFBA “Conversa de Professor”, este ano o seminário teve um formato diferente em função de alguns contratempos (vale ressaltar que este texto não vai mencionar os problemas estruturais, físicos e etc.). Nos anos anteriores os bolsistas apresentavam trabalhos que relatavam o que foi feito nas escolas, este ano não houve essas apresentações. No entanto, este ano ocorreram rodas de conversa, que teve os seguintes temas: "Experiência do PIBID-UFBA"; "Corpo, arte, cultura e formação docente"; "Projetos interdisciplinares do PIBID-UFBA"; "A ação de ler e escrever para a formação plena"; "Vida, evolução, cidadania e meio ambiente"; e "Violência, cidadania e direitos humanos na escola". Podemos perceber a multiplicidade dos temas, mostrando assim como foi o evento,em uma palavra: múltiplo. Multiplicidade esta que não ocorreu só nos temas, mas nas áreas, nas pessoas, nas intervenções, nos debates.
Como este ano o PIBID passou por um processo de expansão, tanto de bolsistas, como de escolas parceiras, muitos bolsistas, supervisores e coordenadores, ainda estavam tentando formar em suas mentes o que realmente é o PIBID. Acredito que o seminário ajudou a apresentar o PIBID, na media em que muitas falas das rodas de conversa, giravam em torno de alguns aspectos, sendo o principal o da atuação de um trabalho em Rede, ou seja, um trabalho colaborativo.O PIBID tem a seguinte estrutura: coordenador (a),professor-supervisor(do ensino médio) e bolsista (aluno universitário),formando assim um tripé e dentro deste tripé  existem dois locais físicos, a Universidade e a Escola. A questão é como isso ocorre, como isso se da no dia a dia. Cada PIBID tem suas características, o seu jeito de ser e atuar, no entanto, existe algo que perpassa a todos os PIBID , que é o trabalho em conjunto. Neste momento não me refiro aos planos de trabalho (nem do bolsista, nem dos supervisores),o trabalho em conjunto a que me refiro ,é o trabalho que o tripé (coordenador-supervisor-bolsista) fazem. E nesse sentido vem à questão do trabalho em Rede.

Como o espaço que ocupo é o de bolsista, guardei algumas coisas ditas no evento. Eu não sou bolsista, eu Estou Bolsista e estar bolsista tem algumas singularidades. A primeira é que sou uma aluna da graduação, aprendendo na pratica e na vivência da escola como “ser professora”, escrevo planos de trabalho pensando em diferentes modos de ensinar Filosofia, vejo na escola o que da “certo” e o que da “errado”, vejo e aprendo com a experiência dos supervisores, vivo o que a escola vive, vejo os alunos como aluna que sou e como professora que serei. O bolsista não trabalha PARA o supervisor, o bolsista trabalha COM o supervisor, nessa segunda relação ambos ensinam e aprendem. O PIBID deve ser visto como um processo formativo, onde este processo acontece de forma colaborativa nas parcerias de professores, bolsista e coordenador.
Outro ponto importante mencionado no evento foi a questão da pesquisa, o professor é um pesquisador, vejamos: o professor desenvolve um plano de aula ou de curso,escolhe o assunto,os textos que vão ser trabalhados, escolhe algum vídeo que tenha ver com o assunto, pesquisa materiais para desenvolver seu curso. Nesta medida, o bolsista (futuro professor) precisa ter esse contato com a pesquisa, escrever, desenvolver seus projetos, apresentar seus resultados para a comunidade.
Não poderia terminar este texto sem falar das intervenções artísticas (principalmente do PIBID de Teatro) que representou muito bem a alma do PIBID, não teve quem não tomasse um susto nos momentos das apresentações. E nesse susto, acordasse, sentisse aquela apresentação, aquela intervenção tão forte, tão participativa: isso é o PIBID.






Um comentário:

  1. Esse evento deve ter sido muito bom.Você tem uma escrita muito boa,leva ao leitor a viajar nas palavras.Parabéns pela iniciativa de relatar sua experiencia nesse seminário.

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