Dentro da programação da ACTA (Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia)ocorreu o IV Seminário PIBID- UFBA com o tema “Conversa de Professor”. Antes de falar sobre o seminário do PIBID é necessário comentar a importância da ACTA pra a comunidade acadêmica. O projeto é idealizado pela Pró-Reitora de Pesquisa, Criação e Inovação (PROPCI) e aprovado pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da Universidade Federal da Bahia. O projeto tem o seguinte formato: ocorre durante uma semana, com apresentação de
trabalhos científicos, culturais e artísticos. Estes trabalhos são apresentados por professores, alunos e servidores-técnicos administrativos da UFBA. A ACTA tem como objetivo principal compor um cenário com os diversos saberes das diferentes áreas do conhecimento, permitindo assim um intenso ir e vir, um transitar por esse cenário fértil. Mencionei ainda a pouco que o evento era importante para a comunidade acadêmica, percebo que esta afirmação não é profunda, digo isto por verificar que o evento ultrapassa os limites da academia, indo muito além, é um evento voltado, direta ou indiretamente para todos os cidadãos. Direto, pois o evento é gratuito, permitindo o acesso de qualquer pessoa; indiretamente no sentido de que qualquer um que tenha participado de uma apresentação, de um debate, leva consigo aquilo que foi dito, e esse dito é partilhado, espalhado como sementes ao vento, alcançando qualquer pedaço de terra.
Agora vou falar do IV Seminário
PIBID-UFBA “Conversa de Professor”, este ano o seminário teve um formato
diferente em função de alguns contratempos (vale ressaltar que este texto não
vai mencionar os problemas estruturais, físicos e etc.).
Nos anos anteriores os bolsistas apresentavam trabalhos que relatavam o que foi
feito nas escolas, este ano não houve essas apresentações. No entanto, este ano ocorreram rodas de conversa, que teve os
seguintes temas: "Experiência do PIBID-UFBA"; "Corpo, arte,
cultura e formação docente"; "Projetos interdisciplinares do
PIBID-UFBA"; "A ação de ler e escrever para a formação plena";
"Vida, evolução, cidadania e meio ambiente"; e "Violência,
cidadania e direitos humanos na escola". Podemos perceber a multiplicidade
dos temas, mostrando assim como foi o evento,em uma palavra: múltiplo.
Multiplicidade esta que não ocorreu só nos temas, mas nas áreas, nas pessoas,
nas intervenções, nos debates.
Como este ano o PIBID passou por
um processo de expansão, tanto de bolsistas, como de escolas parceiras, muitos
bolsistas, supervisores e coordenadores, ainda estavam tentando formar em suas
mentes o que realmente é o PIBID. Acredito que o seminário ajudou a apresentar o PIBID, na media
em que muitas falas das rodas de conversa, giravam em torno de alguns
aspectos, sendo o principal o da atuação de um trabalho em Rede, ou seja, um
trabalho colaborativo.O PIBID tem a seguinte estrutura: coordenador
(a),professor-supervisor(do ensino médio) e bolsista (aluno
universitário),formando assim um tripé e dentro deste tripé existem
dois locais físicos, a Universidade e a Escola.
A questão é como isso ocorre, como isso se da no
dia a dia. Cada PIBID tem suas características, o seu jeito de ser e atuar, no
entanto, existe algo que perpassa a todos os PIBID ,
que é o trabalho em conjunto. Neste momento não me refiro aos planos de trabalho
(nem do bolsista, nem dos supervisores),o trabalho em conjunto a que me refiro
,é o trabalho que o tripé (coordenador-supervisor-bolsista) fazem. E nesse
sentido vem à questão do trabalho em Rede.
Como o espaço que ocupo é o de
bolsista, guardei algumas coisas ditas no evento. Eu não sou bolsista, eu Estou
Bolsista e estar bolsista tem algumas singularidades.
A primeira é que sou uma aluna da graduação,
aprendendo na pratica e na vivência da escola como “ser professora”, escrevo
planos de trabalho pensando em diferentes modos de ensinar Filosofia, vejo na
escola o que da “certo” e o que da “errado”, vejo e aprendo com a experiência
dos supervisores, vivo o que a escola vive, vejo os alunos como aluna que sou e
como professora que serei. O bolsista não trabalha PARA o supervisor, o bolsista
trabalha COM o supervisor, nessa segunda relação ambos ensinam e aprendem. O
PIBID deve ser visto como um processo formativo, onde este processo acontece de forma colaborativa nas parcerias de
professores, bolsista e coordenador.
Outro ponto importante mencionado
no evento foi a questão da pesquisa, o professor é um pesquisador, vejamos: o
professor desenvolve um plano de aula ou de curso,escolhe o assunto,os textos
que vão ser trabalhados, escolhe algum vídeo que tenha ver com o assunto,
pesquisa materiais para desenvolver seu curso. Nesta
medida, o bolsista (futuro professor) precisa ter esse contato com a
pesquisa, escrever, desenvolver seus projetos, apresentar seus resultados para a comunidade.
Não poderia terminar este texto
sem falar das intervenções artísticas (principalmente do PIBID de Teatro) que
representou muito bem a alma do PIBID, não teve quem não tomasse um susto nos
momentos das apresentações. E nesse susto, acordasse, sentisse aquela
apresentação, aquela intervenção tão forte, tão participativa: isso é o PIBID.
Esse evento deve ter sido muito bom.Você tem uma escrita muito boa,leva ao leitor a viajar nas palavras.Parabéns pela iniciativa de relatar sua experiencia nesse seminário.
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