3 de mar. de 2011

A importância do interesse para a aprendizagem


Não sou estudiosa da pedagogia. O que digo é como aluna. O interesse pelo que se estuda é essencial para a aprendizagem do conteúdo. Somente quando o conteúdo faz sentido para a nossa vida, quando se encaixa com o nosso cotidiano, quando sabemos para que servirá aquilo, aí sim dá gosto estudar.

Essas afirmativas podem parecer óbvias, e realmente são. No entanto, entro e saio de aulas desinteressantes, seja na escola ou na universidade, pois os conteúdos lecionados não fazem sentido e se tornam enfadonhos. O conteúdo não precisa necessariamente fazer parte do cotidiano dos alunos, senão estariam restritos a um universo limitado e, sabemos, existe uma infinidade de coisas para serem conhecidas e experimentadas. Mas falta interesse por parte do professor em saber quais interesses dos alunos e como adaptar os conteúdos para se que tornem atraentes.

Por isso, um caminho para chamar atenção do aluno é explicar o porquê daquele conteúdo. Qual a importância dele? Aonde ele afeta as nossas vidas, ou aonde deixa de afetar? Na escola, aprendemos milhares de coisas descoladas uma da outra. A Química não se relaciona com a Física que não se relaciona com a Biologia que não se relaciona com a Filosofia, com a Geografia e com a Matemática. E, no entanto, tudo está relacionado. Dentro da universidade não é diferente. Apesar do nome “universidade”, o universo é muito restrito. Não existe uma formação universal. Não existe interdisciplinaridade. Na verdade, quanto mais especializado melhor para a academia. E, para piorar, muitos acadêmicos defendem que uma formação assim..universal..não é uma formação válida.

Infelizmente vivemos em um sistema educacional que em vez de se expandir, insiste em se restringir. Em vez de abrir para o diálogo, insiste em manter modelos tradicionalistas de ensino-aprendizagem, e com isso apenas saímos perdendo. O Pibid é um grande projeto que tem como fundamento abrir o diálogo entre universidade e escola. Quem sabe, com essa abertura, consigamos aprender a ensinar de uma  maneira que realmente estimule a vontade de aprender e de ser melhor. 

Um comentário:

  1. Pensando como filósofa...gostei de ver Quel!!!!!

    Mariana Cunha

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