14 de jan. de 2011

Estamos de volta [Vera Lúcia Mutti]

Estamos a começar um novo semestre no Pibid. Velhos desafios, novas experiências. Que sejamos fortes, inteligentes, criativos, ouvintes e dialogantes nesta jornada.

O Pibid é um berço de aprendizagens e práticas que, para o licenciando em filosofia, fará muita diferença no que se refere à profissionalização. Com certeza essa é uma experiência rica no aprender a movimentar-se na escola, na prática docente, e principalmente no conhecer os sujeitos e os espaços educativos.

A disciplina de Filosofia tem, como todas as outras, suas particularidades. No entanto, é mais fluida e requer mais observação e sensibilidade no trato com os estudantes. Sua inserção no ensino médio, agora já em todas as series dessa modalidade, veio oportunizar não só mais perspectivas de trabalho, como novos desafios para os professores licenciados. Toda a confusão inerente à novidade e aplicabilidade daquilo que é novo tende a se acalmar. Acalmar não no sentido de relaxamento e descaso e sim na objetividade de a cada dia, se consolidar uma prática mais coerente e fundamentada.

Os educandos do ensino médio não são filósofos e em sua maioria (o que é normal), não pretendem ser. Eles necessitam de uma abordagem diferenciada, mais dialógica e menos rígida daquela que nós, estudantes de filosofia, por escolha própria, temos. Precisamos apaixonar com a educação e nos respaldar em práticas educativas para atuar nesta área. Será preciso acabar com o estigma de alienado e alienante, do qual somos tachados. Mesmo sendo um indivíduo (às vezes) mais reflexivo que os outros, fator inerente à própria filosofia, o filosofo é necessário à sociedade (apesar da inutilidade que nos configuram) e de grande valor na construção de uma educação mais humana.

Desta forma, acredito que precisamos nos voltar para nossa interioridade, nos darmos a conhecermos e aprendermos a lidar com o outro, proporcionando no educando antes de tudo seu próprio autoconhecimento, para que, percebendo o sujeito, naquilo que ele é como individuo, possamos pensar numa prática docente em filosofia.

Grande abraço e um bom retorno a todos.

Vera

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