Toda vez que entro no Manoel Novaes sinto um cheirinho de nostalgia... Me lembro dos anos que estudei lá, das aulas de teatro, das peças inesquecíveis que apresentei, das aulas de música e de artes, dos intervalos no pátio, das brigas com a direção da escola, das passeatas da Revolta do Busú. Acho engraçado quando os alunos me chamam de professora e adoro a cara de surpresa deles quando digo que estudei lá.Tenho muitas lembranças boas da escola que hoje entro como bolsista do Pibid.
Hoje, fuçando algumas fotos antigas, encontrei as fotos da época do teatro com a professora Andreia Andrade, hoje supervisa do Pibid Teatro na escola. As fotos são da peça "Mais Será o Fim do Mundo?" que junto com os colegas do teatro ajudei a construir. Confesso que fico emocionada toda vez que vejo essas fotos. O Manoel significa muito pra mim. Lá aprendi a dar valor a arte, me envolvi com política, fiz amigos inesquecíveis. Mesmo os diversos problemas que enfrentávamos na escola (e que por sinal ainda existem) foram motivos de aprendizagem.
Eu de louca com Val, hoje bolsista do Pibid Teatro
"O que é ruim agora? Quem disse o que é bom?Quem disse o que é errado? Quem foi? Que apareça! "
Hoje eu vejo velhos e novos amigos juntos trabalhando na velha escola. Me sinto importante, me sinto em um momento importante na história do Brasil. Sou privilegiada por está em uma universidade pública e por estar entrando na docência no momento em que a Filosofia volta à sua obrigatoriedade no ensino médio. Sinto-me construtora do Brasil, pois o professor é quem está na frente da batalha por essa construção. Temos tanto trabalho pela frente. Tantos anos de abandono do ensino público. Será que isso vai mudar? Será que já está mudando?
Eu de jornaleira, anunciando o fim do mundo.
"Extra! Extra! Folha Universal do Bispo Macedo -Pague o dízimo antes que o mundo acabe! Extra! Extra! Correio da Bahia - ACM comprova: fim do mundo é culpa da oposição"
Sinto que uma das grandes dificuldades é enfrentar concepções arcaicas de ensino. Ao mesmo tempo fico pensando se concepções mais “moderninhas” são realmente eficazes. Ainda não sei de muita coisa sobre Filosofia e docência, só quero dar o meu melhor, retribuir o tanto que aprendi naquela escola e torcer pra que essa chama não se apague.
Eu digo isso tudo assim, nostálgica e cheia de expectativas, que quero ser motivo de boas lembranças para os alunos do Manoel e das futuras escolas que vier trabalhar. Eu sei que é possível e quero ajudar a construir um Brasil mais forte através da educação.
por Raquel Maciel
Que lindo texto, Raquel. Tanto pela emoção nostágica da experiência vivida, como pela expectativa conjunta de que a escola pública merece mais cuidado e atenção. E é assim que caminhamos, de geração em geração: a luta continua!!
ResponderExcluirMuito bom é ver Val nas imagens, já que ela hoje faz pate do PIBID teatro e atua também no Manoel Novaes! Viva!!
ahhh é mesmo!
ResponderExcluir=D
Que legal Raquel !!!
ResponderExcluirToda vez que entro no Odorico me vejo naqueles
alunos, há 3 anos eu era um deles e hoje estou
do outro lado da moeda!
Sempre que passo pela escola onde estudei lá no meu interior, na minha cabeça roda um pequeno filme de 3 anos. Pra mim aquela escola era a melhor não porque era a única, mas porque era a minha escola e nela tinha meus amigos, meus vizinhos e até meus parentes.
muitas boas lembranças!!!
Amei o blog novo!!!E amei seu texto tb Raquel!É interessante ver uma criança com saudades dos velhos brinquedos...
ResponderExcluirMari Cunha
Coisa gostosa ler um texto que não há ponto ou sequer vírgula para a sinceridade.
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